Novembro Azul: saúde do homem em foco

Se você, homem, ainda acredita que ir ao médico se faz apenas necessário em épocas de campanhas ou ao envelhecer, sentimos em informar, mas você não é um super herói. E os cuidados com a sua saúde vão além do exame de próstata, pois você pode estar desenvolvendo alguma outra doença e, por falta de […]

Publicado em: 17 de novembro de 2021

Se você, homem, ainda acredita que ir ao médico se faz apenas necessário em épocas de campanhas ou ao envelhecer, sentimos em informar, mas você não é um super herói. E os cuidados com a sua saúde vão além do exame de próstata, pois você pode estar desenvolvendo alguma outra doença e, por falta de acompanhamento médico, pode descobrir tarde demais.

Ao longo do mês de novembro, campanhas, principalmente em relação ao câncer de próstata, doença que mais acomete homens no Brasil, com 65.840 novos casos a cada ano, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são intensificadas para conscientizar essa população.

Tanto que, de acordo com levantamento do Google, o Brasil é o País que menos se informa sobre câncer de próstata e ocupa o 52 lugar, das 74 nações estudadas. Mesmo assim, nos últimos 5 anos, as buscas pelo tema na plataforma foram 50% maiores.

Para o cirurgião geral e urologista da Santa Casa Ouro Fino, Dr. Francisco Maciel, a questão vai além de apenas cultural, como preconceito ou desinformação. “A resistência do homem em ir às consultas ao médico atrapalha o acompanhamento e diagnóstico precoce, não somente do câncer de próstata, mas tantas outras doenças que acometem a saúde masculina”, reforçou.

O especialista ainda explica que o câncer do intestino, assim como outras comorbidades, como diabetes, colesterol alto e hipertensão estão entre as principais alterações em exames de pacientes que demoram para buscar ajuda médica, podendo ocasionar quadros fatais, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).

“A pandemia acabou agravando alguns casos, contribuindo para a busca  tardia por ajuda médica em casos que poderiam ter tido tratamento precoce. Mesmo assim, muito mais do que questões culturais da sociedade, a estrutura de saúde pública pode não colaborar com o tratamento, uma vez que gera uma expectativa no paciente, que, muitas vezes, acaba demorando para conseguir realizar exames e tratamentos específicos ou cirurgias”, defendeu.

Saúde como um todo

Ainda de acordo com o especialista, outras doenças podem ser diagnosticadas no exame clínico, como alteração no reto, por exemplo. “Já tive pacientes que chegaram com queixa de dificuldade em urinar, achando que era a próstata e, na verdade, a alteração estava no intestino. Além disso, é importante solicitar exames para dosar os hormônios, principalmente a testosterona, que, quando está baixa, pode causar perda de memória, osteoporose, perda da estrutura muscular e, até mesmo, depressão”, destacou.

O acompanhamento anual, assim como a mudança de hábitos em relação a alimentação equilibrada e a prática de atividade física, são fundamentais para que a saúde do homem seja mantida e sua expectativa e qualidade de vida aumentem. “Quem nasce com a predisposição genética para o câncer, pode desenvolver em algum momento da vida, mas o acompanhamento e tratamento precoce salvam vidas, por isso, é tão importante ir ao médico”.

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