Olhar apurado e atento para que a evolução dos pacientes seja potencializada, também, por meio da alimentação. Todos os dias, a equipe de nutrição e dietética da Santa Casa Ouro Fino trabalha com muito amor e dedicação para levar refeições de qualidade para quem está se recuperando. Ao todo são 5 preparos: café da manhã, almoço, café da tarde, jantar e ceia feitos com todo carinho por nossas cozinheiras.De acordo com Rosely Sartori de Aguiar Azeredo, nutricionista há 17 anos na Santa Casa Ouro Fino e responsável técnica, com o alimento é possível melhorar o dia a dia do paciente, colaborando para sua recuperação. “É importante ouvir os pacientes, entender se tem alguma alergia ou restrição, assim como o que gostam de comer e seguir suas preferências. Hoje mesmo, conversei com um paciente que não comia arroz e feijão e preparamos uma macarronada para ele. É muito prazeroso ver a pessoa se alimentando com o que gosta e a aceitação pela refeição ao longo de sua recuperação”, explicou. Além das dietas padrões, são realizadas as dietas especiais, voltadas para pacientes com diabetes ou adequada a outra patologia que possui. “É preciso observar, por exemplo, em caso de pacientes idosos, se está deglutindo bem o alimento ou se precisará mudar alguma coisa, se será necessário suplementação, se está desnutrido ou com falta de alguma vitamina”, ainda lembrou Rosely. “Dizem que quando trabalhamos com o que amamos, não trabalhamos. O sentimento de fazer parte dessa equipe é maravilhoso, pois vejo a realidade, o paciente chegando, muitas vezes, debilitado e acompanhar sua evolução e melhora é muito gratificante! Vai muito além do que as pessoas acreditam que seja a Nutrição, criando apenas dietas para emagrecer ou para quem faz academia”, relatou Fernanda Roque Ferreira de Moraes, Nutricionista Clínica na Santa Casa Ouro Fino. O acompanhamento dos pacientes é feito diariamente, com a visita nos leitos e avaliação para entender o estágio e qual estratégia alimentar será aplicada, se já estará liberado para as refeições normais, se terá alguma restrição ou alimentação específica ou, ainda, sonda. “Após a avaliação, passamos todas as instruções para a equipe da cozinha. O cardápio é atualizado de 15 em 15 dias, pensado de forma balanceada e nutritiva, sempre com arroz, feijão, um tipo de carne, legumes, verduras e frutas. Também tem sopa todos os dias. Usamos tudo que recebemos de doações”, explicou a nutricionista Fernanda. Entre os desafios do seu trabalho, ainda de acordo com Fernanda, está em não deixar a qualidade cair para que a recuperação dos pacientes seja a melhor possível e as doações são muito importantes para isso. “Recebemos a doação de carnes recentemente, que nos ajudou muito a ampliar as opções para nossos pacientes e ainda são importantes, também, os alimentos não perecíveis, que usamos muito, como macarrão, arroz, feijão, sal. Toda ajuda é bem-vinda!”, reforçou. A pandemia é um desafio a mais, pois foi preciso adaptar a logística de entrega, usando utensílios descartáveis para a segurança de todos, assim como as restrições para trazer alimentos de fora. “O acompanhamento dos pacientes do Setor de COVID era feito pelo prontuário online, tudo era passado para mim pela enfermeira chefe para poder realizar as avaliações e encaminhar à equipe da cozinha. Recebi alguns pedidos para permitir a entrada de outros alimentos de pacientes com COVID, mas sempre avaliava se aquela comida interferiria na evolução do paciente antes de dar o aval”, relatou. E todo esse carinho e dedicação só poderia resultar em elogios. “É tão gratificante quando você escuta os pacientes elogiando, dizendo que está uma delícia ou comendo com vontade, saindo daqui nutridos e mais fortes. Comer é uma satisfação, nós acabamos cuidando também da alma do paciente por meio dos alimentos”, lembrou a nutricionista. Cozinhar para os pacientes é uma fonte de alegria para Mara Francisca da Silva Rangel, de 50 anos. Cozinheira na Santa Casa Ouro Fino há 3 anos, suas mãos levam aquela pitadinha de amor aos pacientes. “Para mim é muito gratificante, tem dias que estamos meio para baixo e aí começamos o trabalho e tudo fica melhor! E ter o acompanhamento das nutricionistas nos faz aprender muito e saber certinho o que cada paciente precisa e pode comer”, contou. São 11 kg de carnes para serem preparadas todos os dias, além dos outros acompanhamentos para pacientes e funcionários. E a Mara nos revelou que o segredo do tempero é gostar do que faz. “Ficamos muito felizes quando sabemos que os pacientes elogiam. O tempero é o de sempre: alho e sal e o nosso amor”.