PANDEMIA ACENDE ALERTA PARA CAMPANHA DO COMBATE AO FUMO

Você sabia que no Brasil o tabagismo mata 162 mil pessoas por ano e custa R$125 bilhões aos cofres públicos para cobrir despesas diretas e indiretas com doenças causadas pelo cigarro? Isso equivale a 23% do que o Brasil gastou, em 2020, com o enfrentamento à Covid-19. Os dados são do INCA (Instituto Nacional de […]

Publicado em: 15 de setembro de 2021

Você sabia que no Brasil o tabagismo mata 162 mil pessoas por ano e custa R$125 bilhões aos cofres públicos para cobrir despesas diretas e indiretas com doenças causadas pelo cigarro? Isso equivale a 23% do que o Brasil gastou, em 2020, com o enfrentamento à Covid-19. Os dados são do INCA (Instituto Nacional de Câncer) e demonstram a importância das campanhas de conscientização e datas como a de ontem (29/08), quando foi celebrado o Dia do Combate ao Fumo. Além disso, diante do contexto de pandemia, o cigarro é um fator de risco. “Quem fuma tem mais chance de desenvolver casos graves de COVID-19, além de tantas outras doenças. O cigarro acaba ocasionando malefícios para tantos outros órgãos que a gente nem imagina”, destacou o Dr. Rodrigo Magaldi, Diretor Técnico e Coordenador do Pronto Socorro da Santa Casa Ouro Fino. O médico ainda explica que o cigarro vai aos poucos deteriorando não só o pulmão, mas artérias, vasos, nervos, o estômago, a parte digestiva, intestino. São mais de 4.500 substâncias existentes no cigarro, muitas delas carcinogênicas e cancerígenas, não só para o pulmão, até mesmo a visão. “Tudo que depende da vascularização, da chegada do oxigênio levado pelo sangue aos tecidos acaba sendo prejudicado pelo cigarro. Quando a pessoa fuma, a oxigenação é reduzida e aumenta-se a inalação de gás carbônico, além de dezenas de outros gases ruins para o organismo”, informou. Para Marlene Lasmar Ribeiro Viela, psicóloga clínica, psicoterapeuta EMDR, especialista em dependência química e referência técnica do Programa Nacional do Controle do Tabagismo em Ouro Fino, o Brasil é exemplo em relação às Campanhas de Combate ao Tabagismo. “O Brasil assinou um tratado internacional e realizou a redução da publicidade e propaganda, restringiu a venda para menores de 18 anos, criou a legislação proibindo fumar em ambientes fechados e oferece tratamento para os fumantes. O tabagismo é uma doença e precisa ser tratada”.Ainda de acordo com a especialista, em Ouro Fino, o modelo de tratamento realizado pelo Município acompanha o implantado pelo INCA no Brasil, seguindo o tripé apoio medicamentoso, psicológico e em grupo. “Por conta das restrições da pandemia, precisamos adaptar o acompanhamento em grupo, sendo desenvolvido individualmente. Primeiro o paciente passa por uma entrevista, depois pelo médico, para prescrever a medicação e, semanalmente, comigo para o apoio psicológico”. Os atendimentos acontecem na Unidade de Saúde Mental, localizada na Avenida Delfim Moreira, s/n, próximo ao pontilhão, às segundas, terças e quartas, às 8h e o tratamento leva de 2 a 3 meses. “O que é preciso fazer para parar de fumar? Buscar ajuda especializada. Assim, conseguimos identificar qual lugar que o cigarro ocupa na vida do paciente, se é por ansiedade, para relaxar ou encontro social e desenvolver estratégias para lidar com a vontade de fumar, assim como trabalhar o desenvolvimento de hábitos saudáveis, como alimentação e descobrir atividades que tragam prazer”, reforçou Marlene. A psicóloga ainda disse que o brasileito está seguindo a tendência de uma vida mais saudável e redução do fumo. Mas, de acordo com estudo do INCA, está aumentando entre os jovens o fumo flavorizado, como narguilé e cigarros com sabor, o que os induz ao tabagismo. “O uso de narguilé corresponde a 100 cigarros, o que acaba sendo ainda mais prejudicial aos jovens que seguem essa moda”. “Quem fuma reduz a quantidade e a qualidade de vida porque não consegue oxigenar da maneira adequada para poder trabalhar o corpo da melhor forma possível. Que o dia de hoje relembre os efeitos maléficos do cigarro e que cada vez mais pessoas possam se conscientizar de que ele mata”, finalizou Dr. Magaldi.

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