Nesse domingo, 10 de janeiro, a diretoria da Santa Casa se reuniu com prefeito, secretários de saúde e vereadores de cidades da região para apresentar uma proposta de construção de um plano de ação emergencial para garantir o acolhimento da alta demanda de pacientes com COVID-19.
Esse encontro foi necessário em razão do aumento significativo de casos em todo o Sul de Minas, que voltou para a onda vermelha do programa Minas Consciente, o que pode fazer com que essa demanda por internação hospitalar, especialmente de alta complexidade, não seja atendida. Ontem, foi necessário manter um paciente COVID intubado por mais de 6 horas até sair a transferência e, hoje, enquanto a reunião acontecia, mais um paciente precisou de transferência.
“Há pouco mais de uma semana, temos visto que aumentaram as dificuldades para a transferência de pacientes para a alta complexidade, tanto para UTI COVID, como também para tratamento de outras doenças e agravos. A Santa Casa precisou cuidar, por exemplo, de dois casos graves envolvendo um bebê de 51 dias com infecção generalizada, desnutrido e desidratado e um adulto infartado. O bebê chegou a sofrer uma parada cardíaca e precisou de transfusão de sangue e o adulto já foi intubado e extubado duas vezes. Graças a Deus e à qualidade da equipe, eles passam bem, porém, continuam precisando de acolhimento mais específico.”, relatou o provedor da Santa Casa, Octavio Miranda.
Foi apresentada a proposta de aumentar a equipe de atendimento do isolamento COVID, com a contratação de médico exclusivo para o setor, bem como enfermagem especializada em tratamento intensivo e de equipe de apoio, com fisioterapeuta, recepção e limpeza. Hoje, a equipe a Santa Casa está muito sobrecarregada, tendo que fazer horas extras, o que pode gerar a exaustão e até o adoecimento, por isso, é urgente construir alternativas seguras para garantir o melhor acolhimento tanto dos usuários, como também dos profissionais que trabalham lá. Foi sugerido, além da divisão dos custos pelas prefeituras, a cessão de servidores públicos.
A Santa Casa conta com 24 leitos na área de isolamento, sendo possível transformar 08 desses leitos em unidade de suporte ventilatório para pacientes mais graves, desde que exista equipe completa e exclusiva para atuar com COVID, pois, equipamentos para isso já têm.
Participaram da reunião o prefeito de Bueno Brandão, Sílvio Felix, a superintendente da Santa Casa, Iara Fonseca Paiva, o diretor técnico do hospital, Rodrigo Magaldi, a secretária de saúde de Ouro Fino, Sheilla Faria, o diretor clinico do hospital Senhor Bom Jesus, Sergio Bubula, a secretária de saúde de Bueno Brandão, Andréia Maria Lemes, o secretário de saúde de Borda da Mata, Celso Amaral, o secretário de saúde e vice-prefeito de Inconfidentes, André Godoy e, representando as Câmaras Municipais de Ouro Fino, Inconfidentes e Monte Sião, os vereadores Chico Maciel, Simone Maciel, Angélica Artuso e Hercules Faria.